Greve - Notícias 14

Criada em 12/06/2006 15:42 por dirfen_biondi_ca | Marcadores: aluno fen func prof

Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ.

Folha Dirigida  -  Ensino Superior  -  pg.   -   6/6
Crise chega à Alerj: governo não manda representantes
Bruno Garcia

Durante audiência pública realizada na última quinta-feira, dia 1º de junho, na Alerj, deputados integrantes da Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Casa fizeram duras críticas à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secti) por sua conduta em relação à greve da Uerj. "Está na hora do secretário Wanderley de Souza perceber que existem leis neste estado. O governo está definhando até dezembro. Não podemos permitir que a Uerj definhe junto", afirmou o deputado Alessandro Molon (PT).

A audiência contou com a presença de diretores, funcionários e professores da instituição, além do reitor Nival Nunes. O secretário Wanderley de Souza, convocado pelos deputados, não compareceu e não mandou representantes. O presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), encaminhou um pedido ao Ministério Público Estadual pedindo uma audiência com o Procurador-Geral do Estado, Marfan Martins Vieira para tentar resolver a situação da Uerj.

"Convocamos esta audiência para esclarecer a situação da Uerj. A reitoria alega que a situação é calamitosa. O governo, através da Secti, emite uma nota dizendo que a situação da Uerj é promissora. Mas está claro, pelos números apresentados pela reitoria, que o governo trabalha com distorções", criticou Ramos.

Os parlamentares queixaram-se da ausência de representantes do governo durante a audiência. A secretaria apenas enviou comunicado à comissão informando que o secretário participava de um evento no exterior e não poderia comparecer. Para reforçar a impressão de que o governo não deve ceder nas negociações com os representantes da universidades, nenhum deputado da base governista esteve na audiência.
 
Apoio de deputados é bem recebido pela comunidade 

O apoio dos parlamentares do estado renovou as esperanças dos grevistas da Uerj de encontrar uma solução para a crise financeira atual da universidade. Após a audiência pública na Alerj, os representantes da comunidade acadêmica da instituição torcem para que o Poder Legislativo entre de vez na discussão sobre os rumos da maior universidade estadual do Rio.

A presidente da Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj), Nilda Alves, espera que os políticos se empenhem em defender a universidade da mesma forma que a comunidade acadêmica da universidade. "A idéia é que consigamos formar uma frente parlamentar em defesa da Uerj e que nosso manifesto chegue a, pelo, menos, 12 mil assinaturas até terça-feira, dia de nossas assembléias", comentou.

Outra que destaca o papel dos parlamentares como interlocutores junto ao governo estadual é a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj), Perciliana Rodrigues. "Julgamos que o movimento já é vitorioso, mas é preciso avançar. Por isso, o apelo aos parlamentares. Temos certeza que seremos capazes de mostrar que não vamos desistir, por mais que o governo nos ataque".

O representante dos alunos, Guilherme Pimentel, coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), lembra que todo apoio é bem vindo. "Nosso objetivo é defender a universidade, ao contrário do que o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Wanderley de Souza fala, que temos objetivo eleitoreiro. Esperamos que o diálogo com os parlamentares nos leve a encontrar uma solução".

Reitor lamenta posição de diretores contrários à greve 

Os representantes dos três segmentos da comunidade da Uerj e o próprio reitor da Uerj, Nival Nunes, se indignaram com a postura de alguns diretores de unidades que enviaram listas de ponto separadas à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia para garantir o pagamento dos funcionários que têm comparecido à universidade durante a greve. Entre as unidades estão as faculdades de Medicina e Direito e o Hospital Universitário Pedro Ernesto.

Nival Nunes lamentou a postura dos colegas que encaminharam as listas de ponto paralelas. "Os diretores exorbitaram a sua função. Fica difícil trabalhar quando não se respeitam as rotinas mínimas, as questões básicas de uma organização administrativa. Passaram por fora da universidade, não respeitaram a hierarquia", irritou-se o dirigente.

Nival esclareceu o procedimento correto do envio do ponto ao governo do estado. "Estamos procedendo com as ações normais do ponto de vista administrativo. Encaminhamos os ofícios e enviamos à Secretaria Estadual de Administração, que é quem cuida da folha de pagamento, e não à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, porque isso nunca foi assim".

A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj), Débora Lopes, também criticou os diretores. "É uma situação absurda, o reitor não implementou o corte de ponto e somos nós que elaboramos a lista de ponto. Este é mais um ataque do governo, um grande ataque à autonomia da universidade", protestou.

Folha Dirigida  -  Educação  -  pg.   -   6/6
Crise da Uerj também atinge o Colégio Aplicação

 
No Colégio da Aplicação da Uerj (CAp-Uerj) a situação não é diferente da universidade. A crise dá Uerj atinge ao colégio que também está em greve. Mas para evitar prejuízos aos alunos do último ano do ensino médio, os professores estão oferecendo a esses estudantes um atendimento diferenciado.

"Os professores estão fazendo diariamente a revisão da matéria e de conteúdo, o que diminui a ansiedade em relação ao vestibular", explicou o diretor do colégio, Lincoln Tavares da Silva.

Apesar da greve, os alunos têm ido ao colégio e a biblioteca funciona em horário especial para que eles possam estudar. "Nossos alunos não são preparados de forma estanque para o concurso. Eles são formados ao longo de todo o ensino básico, por isso têm consciência de que não há motivo para desespero."

A paralisação não prejudica apenas na questão do conteúdo. Com a greve, os estudantes do último ano correm o risco de passar nos vestibulares das universidade federais e não terem a documentação para apresentar no ato da matrícula. "Essa será uma questão que vamos ter que resolver. Mas nenhum aluno será prejudicado", disse o diretor.

De acordo com Lincoln Tavares, os alunos têm participado de várias atividades de greve e apoiado as reivindicações dos docentes e funcionários.
 
Folha Dirigida  -  Anotações  -  pg.   -   6/6
Grave crise
Marcelo Bebiano

Em meio à maior crise vivida pela Uerj, agravada pelo corte de salários dos servidores, o secretário Wanderley de Souza, embarcou para a França. Na agenda constam visitas a  instituições de ensino de Paris. Nos bastidores da crise, o comentário é que o titular da Ciência, Tecnologia e Inovação pretende empurrar o ônus do corte para o reitor Nival Nunes.  

Jogo de xadrez

No entanto, parece que essa estratégia está aumentando a popularidade do professor Nival Nunes com os grevistas. Inclusive, o reitor apóia a decisão da Associação de Docentes de entrar na Justiça para garantir o recebimento dos salários.

Reforço

E ao que parece os servidores ganharam um reforço importante nesse momento. A deputada federal Jandira Feghali já articula a movimentação de deputados e senadores do Rio para uma reunião com representantes do governo estadual, Ministério da Educação e Uerj.

Preocupação

Em recente almoço, no Centro do Rio, a deputada demonstrou muita preocupação devido ao impasse nas negociações. Em seu retorno ao Rio, nessa sexta, 9, o secretário Wanderley de Souza poderá ser o primeiro a receber o convite para a reunião.

Inauguração sob pressão 1

Sob pressão da Justiça e com dois anos de atraso foi inaugurado o Núcleo Perinatal do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj. Porém, como tudo na universidade parece estar confuso, a unidade inaugura longe do pleno funcionamento. A causa é a ausência dos R$340 mil para a compra de isumos.

Inauguração sob pressão 2

A verba para  colocar em funcionamento a unidade - R$ 1,4 bilhão - obedece a filosofia do "cobertor curto". O recurso foi contingenciado pela governadora Rosinha Garotinho. Para o setor  foram contratados temporariamente 523 funcionários, embora sejam concursados.

Devido a essa solução, outros setores do hospital apresentarão déficit de pessoal.

Inauguração sob pressão 3

Na verdade, o Núcleo Perinatal só foi inaugurado por pressão da Justiça. Fruto de um acordo entre a Procuradoria do Estado e o Ministério Público que estabeleceu uma multa diária de R$50mil caso a unidade não fosse inaugurada até 24 de abril.

E como o núcleo foi inaugurado apenas no dia 2, o governo do estado ainda terá que pagar uma multa de R$1,5 milhão.
 
Folha Dirigida  -  Educação  -  pg.   -   6/6
Uerj responde dúvidas dos vestibulandos
 
A suspensão por tempo indeterminado do calendário do vestibular Estadual 2007 deixou mais de 70 mil inscritos sem saber quando farão a prova. Com isso, a ansiedade característica do período de vestibular ganhou um ingrediente a mais este ano para os jovens que pensam em disputar as vagas das universidades do estado ou das academias militares de Polícia e de Bombeiros.

Por enquanto, se de um lado faltam certezas quanto ao concurso, do outro sobram dúvidas. FOLHA DIRIGIDA levou os questionamentos de alguns vestibulandos à administração da Uerj. A assessora do reitor, a professora Sônia Wanderley esclareceu, a convite do jornal, alguns pontos que inquietam os estudantes.

De acordo com Sônia Wanderley, o interesse da universidade é realizar o concurso e atender com qualidade aos seus alunos. No entanto, ela disse que é preciso aguardar novidades na situação para que o novo calendário seja definido. A situação a que se refere a professora é o impasse nas negociações entre os professores e servidores da Uerj e o governo estadual.

Desde o dia 3 de abril os docentes e funcionários técnico-administrativo da instituição estão em greve por melhores salários e exigindo o fim do corte de 25% do orçamento de custeio da universidade. Como o governo se recusou a negociar com os grevistas, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa a Extensão (Csepe) da Uerj resolveu, no dia 16 de maio, suspender o calendário da primeira fase do vestibular Estadual 2007. A justificativa do colegiado para a decisão foi a de que a universidade não tem condições de receber novos alunos.

Para o primeiro exame de qualificação, marcado, inicialmente, para o dia 25 de junho, as inscrições já tinham sido realizadas. As inscrições para o segundo exame aconteceriam em julho.

A Uerj é a responsável pela organização do vestibular Estadual que seleciona candidatos também para a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e para as Academias de Policia Militar Dom João VI do Rio de Janeiro e de Bombeiros Dom Pedro II.

No ano passado, o concurso ofereceu 5.850 vagas, sendo 5.168 para a Uerj, 496 para a Uenf, 146 para a Academia de Polícia e 40 para a Academia de Bombeiros. Veja as dúvidas dos vestibulandos e a respostas da Uerj.

"Quando será divulgado o novo calendário? Até quando teremos que esperar para saber as novas datas do concurso?"
RAFAEL PALACIOS, 20 anos

Sônia Wanderley - "Não há mudanças na situação da universidade. Então, não dá para saber quando poderemos ter uma definição. O que posso dizer é que o Dsea (setor responsável pela organização do concurso) já adiantou o que é possível."

"Diante deste impasse, a Uerj continuará tendo dois exames de qualificação na primeira fase?
"MARCO AURÉLIO PORTUGAL, 16 anos

Sônia Wanderley - "Tecnicamente, quanto mais tempo permanecer o impasse, menos tempo teremos para a realização do concurso. O tempo fica reduzido. A possibilidade da realização de um só exame existe. Esta não seria a primeira vez que isso aconteceria."

"Gostaria de saber se há um prazo para aguardarmos a definição do calendário? Com esse atraso o modelo pode sofrer alguma mudança?
NICOLAI REIS COUTINHO, 17 anos

Sônia Wanderley - "Não dá para definir um prazo, pois dependemos de fatores externos. Alterações no modelo não estão em discussão. Uma alteração pode ser a realização de apenas um exame de qualificação, mas não há nada decidido."

"Não fiz a inscrição para o primeiro exame. Corro o risco de ficar de fora do concurso?
LUIZ FERNANDO ESTEVÃO, 17 anos

Sônia Wanderley - "Não haverá novas inscrições para o primeiro exame de qualificação. Quem está inscrito garantiu a participação na prova. Agora teremos que aguardar para saber o que será decidido sobre as etapas seguintes."

"Diante dessa crise financeira e do corte de verbas que a Uerj vem sofrendo, há a possibilidade de diminuição na oferta de vagas para a universidade?
THIAGO RODRIGUES, 17 anos

Sônia Wanderley - "Não é do interesse do reitor, dos professores e da universidade reduzir o número de vagas. O que levou o Csepe a suspender o calendário foram as dificuldades enfrentadas pela Uerj. O objetivo é continuar atendendo ao maior número de alunos possível com qualidade."

Modelo de vestibular será mantido 

De acordo com a reitoria da Uerj, o vestibular Estadual 2007 será realizado. Falta apenas decidir as novas datas do concurso. O vestibular Estadual, organizado pela da Uerj, tem um modelo bem específico. São duas fases, sendo que na primeira são realizadas duas inscrições e na segunda uma. Só podem se inscrever para segunda fase os aprovados na primeira etapa, que é composta pelos exames de qualificação.

Na primeira fase são realizados dois exames. Para cada prova é feita uma inscrição. Os candidatos que desejarem podem realizar as duas provas, sendo que basta a aprovação em um dos exames para garantir o acesso à segunda etapa do concurso.

Os que desejarem podem fazer as duas provas. Neste caso, apenas a melhor nota é considerada. O exame de qualificação é composto por uma prova de múltipla escolha e dá direito a bonificação, de acordo com o o desempenho, para a segunda fase. Este ano, em função da suspensão do calendário não dá para afirmar que serão mantidas as duas provas na primeira fase. Então é bom se preparar para garantir um bom desempenho na primeira prova.

Somente os aprovados no exame de classificação podem se inscrever para a segunda fase do concurso. Para participar desta etapa é preciso realizar uma nova inscrição. Nesta fase a prova é discursiva. Os candidatos respondem a questões de Língua Portuguesa Instrumental e de disciplinas específicas, de acordo com o grupo de carreiras, e fazem uma redação.

A nota final dos candidatos é calculada pela soma das notas das provas discursivas, acrescida da bonificação alcançada na primeira etapa do concurso.

Folha Dirigida  -  Ensino Superior  -  pg.   -   6/6
Uerj vai à Justiça contra o corte de ponto

 
Os grevistas da Uerj entraram na Justiça na última segunda-feira, dia 5, contra a suspensão dos pagamentos promovida pelo governo estadual. A medida começou a vigorar na última quinta-feira, dia 1º de junho, revoltando os funcionários da universidade. "Nossos advogados reuniram uma série de alegações contra a atitude do governo, que cortou o pagamento de funcionários que foram trabalhar", diz Maria do Socorro Matos, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Universidades Públicas do Estado do Rio (Sintuperj).

A greve conjunta da Uerj, que reúne professores, técnicos-administrativos e alunos, completou dois meses no último sábado, dia 3. No dia 1°, os grevistas organizaram um ato no campus Maracanã. Os representantes das categorias e o reitor Nival Nunes fizeram um retrospecto da greve e declararam sua insatisfação com o governo. Nival lamentou os cortes sucessivos no orçamento da instituição. "Tentamos de todas as formas o diálogo, principalmente com o Executivo e o Legislativo do nosso estado, mas não fomos ouvidos", lamentou. Segundo a assessoria do secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Wanderley de Souza, o dirigente está na Europa e somente na volta se pronunciará sobre a situação da Uerj. Nenhum dirigente foi indicado para falar em seu lugar.

Presidente da Associação dos Docentes (Asduerj), Nilda Alves lembrou um dos motivos da greve, "Tínhamos a visão de que a Uerj é uma instituição a serviço do público, e essa posição estava sendo ameaçada de modo muito sério". Siron Nascimento, representante do DCE, também criticou o governo. "Nossa briga é pela autonomia universitária, não só financeira, mas também política".

Manifesto poderá ser utilizado no processo 

Além das manifestações, os grevistas da Uerj lançaram na última semana um manifesto, que está colhendo assinaturas em apoio às reivindicações dos professores, técnicos-administrativos e estudantes da universidade. As assinaturas foram recolhidas na última quinta-feira, dia 1°, no ato público em defesa da instituição, e continuam sendo aceitas via internet. Até o fechamento desta edição, mais de 11 mil pessoas já haviam aderido. 

Coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Guilherme Pimentel explicou que o manifesto é mais um instrumento para mostrar que existe sensibilidade da sociedade em relação à causa dos grevistas. Ele acrescentou que o documento pode ser utilizado na Justiça no processo impetrado pelas entidades sindicais contra o governo estadual. "Seria uma forma de mostrar o apelo social que estamos alcançando", lembrou.

O apoio da sociedade aos grevistas da universidade estadual não se dá somente através do manifesto. No ato público da última quinta-feira, dia 1°, estiveram presentes deputados estaduais, federais e candidatos a governador. Enquanto alguns prometeram estudar a situação, outros foram mais ativos e garantiram que vão tentar intervir junto ao governo do estado para que a situação da universidade seja normalizada. Ex-reitor da Uerj, Hésio Cordeiro convocou os parlamentares. "Precisamos reforçar a atuação no âmbito da Assembléia Legislativa e também nas negociações com o governo, para retomar o papel que a Uerj sempre desenvolveu no estado".

Grevistas realizam assembléia e vão ao Palácio Guanabara 

Para continuar pressionando o governo por uma solução para a Uerj, professores, técnicos-administrativos e estudantes realizarão novas atividades de mobilização nesta semana. Nesta terça-feira, dia 6, os grevistas dos três segmentos se reunirão em assembléias para decidir os próximos passos da paralisação. Às 14 horas, ocorre a assembléia dos técnicos, às 15 horas a dos docentes e às 18 horas a dos alunos.

"A expectativa é que a greve não termine, já que não houve, até agora, nenhuma proposta concreta e nenhuma disposição do governo em negociar. Não dá para sair de uma greve numa situação como essa", afirma o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Thiago Barreto.

Já nesta quarta-feira, dia 7, está programado um ato no Palácio Guanabara, onde os grevistas tentarão ser recebidos pela governadora do estado, Rosinha Garotinho. "Esse ato de quarta-feira é uma manifestação contra a política do governo de não negociar. Sempre há a expectativa de abrir um diálogo com o governo em manifestações como essa", explica o estudante.

Na última quinta-feira, dia 1º de junho, os grevistas realizaram o ato público "Uerj e sociedade unidas pela educação pública, pela autonomia universitária, contra a intervenção e por negociação já", no Teatro da universidade, no campusMaracanã. Na sexta-feira, dia 2, o DCE promoveu o debate "A finalidade dos Meios: visões sobre mídia, tecnologia e movimentos sociais".

O Dia  -  Coluna do Servidor  -  pg.   -   6/6
Defensoria: reajuste de 8,79%
 
Defensores públicos do estado poderão ter aumento de 8,79% sobre o vencimento básico. O acréscimo será pago em 24 parcelas, a partir de maio.

Proposta com as modificações no texto da Lei Complementar n° 06/77, que rege a Defensoria Pública, foi enviada pela governadora Rosinha Garotinho à As sembléia Legislativa.

A medida beneficia 800 ativos e inativos. Além do reajuste, o projeto cria 20 cargos para a classe especial da carreira e auxílio para o defensor que
trabalha no plantão judiciário.

No texto, Rosinha destacou que a proposta possibilita "o fortalecimento da autonomia administrativa e financeira da Defensoria".
 
O Globo  -  Rio  -  pg.   -   6/6
Aumento salarial

 
A governadora Rosinha Garotinho enviou ontem à Assembléia Legislativa (Alerj) uma proposta que modifica o texto da Lei Complementar 06/77, que rege a Defensoria Pública do Estado.

Se for aprovada, será dado um acréscimo de 8,79% no vencimento-base da categoria, em 24 parcelas mensais, a exemplo do que ocorreu com os salários do Ministério Público e da Procuradoria do Estado.

O projeto prevê ainda a criação de 20 cargos e o auxílio para o defensor que trabalha no plantão judiciário.
 
O Globo  -  On line  -  pg.   -   6/6
Servidores da Uerj vão à justiça para garantir salários
 
A Associação de Docentes da Uerj (Asduerj) entraram na Justiça, nesta segunda-feira, para tentar garantir o recebimento dos salários. Em greve desde o dia 3 de Abril, os funcionários da universidade tiveram o ponto cortado por determinação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (Secti).

Os dez elevadores do campus Maracanã, que tem 12 andares,voltaram a funcionarno dia 2 . Segundo a Asduerj - que está recolhendo assinaturas em seu site na internet para um manifesto em defesa da universidade - a empresa responsável pela operação do equipamento está sem receber há 17 meses.
 
Estado de São Paulo  -  Estadão On line  -  pg.   -   6/6
Copa e feriado adiam a greve dos professores USP
 
Havia o temor de que, com o jogo do Brasil na Copa marcado para o próximo dia 13 e o feriado de Corpus Christi, a mobilização dos grevistas acabasse esvaziada

SÃO PAULO - O comando da greve dos professores da USP decidiu manter o indicativo de greve, mas marcou nova assembléia para votar a paralisação efetiva para depois da próxima semana. Havia o temor de que, com o jogo do Brasil na Copa marcado para o próximo dia 13 e o feriado de Corpus Christi, a mobilização dos grevistas acabasse esvaziada. A assembléia dos professores, realizada nesta terça-feira, deveria decidir sobre dar ou não início à greve na próxima quinta, dia 8. A assembléia pós-jogo e pós-feriado ficou para o dia 19.

Os professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas reivindicam 7% de reajuste salarial e mais verbas para a educação em todos os níveis.

A greve estava marcada para começar na quinta-feira, mas já há campus da USP com funcionários parados. O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) já havia aprovado o início da paralisação no dia 31 e faltava apenas os professores aderirem.

Segundo informações da reitoria da USP, o campus de Ribeirão Preto e de Rio Claro já iniciaram parte da paralisação. Uma manifestação foi marcada para a quinta-feira, reunindo grevistas das três universidades, na reitoria da USP.

Na Unicamp, a assembléia de professores acontece na quarta-feira. O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) afirma que os servidores da universidade entrarão em greve a partir de quinta-feira por tempo indeterminado.

Dois campus da Unesp já aderiram à paralisação, parcial ou total. No campus de Marília a greve atinge professores e funcionários. Em Rio Claro a paralisação é parcial. Por enquanto as aulas estão sendo mantidas, mas todas as outras atividades, como as administrativas, foram suspensas.

Em agosto do ano passado, estudantes, professores e funcionários da USP, Unesp, Unicamp e Fatec pararam exigindo o aumento das verbas. O impasse começou quando o então governador do Estado, Geraldo Alckmin, vetou o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referente ao aumento dos recursos para educação de 30% para 31%.
 
O Globo  -  Cartas dos Leitores  -  pg.   -   5/6
Uerj maltratada

Num passeio pelo campus do Maracanã, fica patente o descuido, a fragilidade estrutural e o descaso com que a Uerj vem sendo tratada. A precariedade da infra-estrutura é gritante, tornada evidente no aproveitamento do espaço e nas condições de trabalho.

Quando a governadora insinuou à imprensa que os professores da Uerj reclamam de barriga cheia por ganharem mais que os das universidades federais, talvez ela e sua assessoria tenham se descuidado, sem perceber que, no fundo, todos ganham mal.

PEDRO MARCELO PASCHE DE CAMPOS (por e-mail, 2/6), Rio

A qual PMDB pertence o casal Garotinho? Não ao PMDB histórico de Pedro Simon. Lembro-me de que há 20 anos a Uerj recebia tratamento respeitoso.

O então secretário de Ciência e Tecnologia, José Pelúcio Ferreira, empenhou-se na consolidação de um projeto para a universidade.

Desde então, nos governos de diversos partidos, a Uerj tem sofrido duros golpes. Tudo indica que a atual governadora ignora o papel que a educação universitária deve cumprir no desenvolvimento social e econômico do país.

LUIZ A. DE CASTRO SANTOS (por e-mail, 26/5), Petrópolis
 
Jornal do Brasil  -  Coisas do Rio/Fred Suter  -  pg.   -   4/6
Pelos direitos

 
Professores da Uerj entrarão na Justiça, nesta segunda-feira, para tentar garantir o recebimento dos salários. Em greve desde o dia 3 de abril, funcionários da universidade tiveram o ponto cortado por determinação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro.
 
O Dia  -  Cartas  -  pg.   -   4/6
Uerj economizaria com concursados
 
Gostaria de saber porque a Uerj não chama os aprovados no concurso de 2001, sabendo que foi cortado o orçamento e está sem verbas.

A Uerj mantém 250 tercerizados na segurança, com gasto mensal de R$ 500 mil. Com os concursados teria um gasto bem menor.

Paulo Roberto Borges Brasílano, Pilares
 
Extra  -  Geral - Hoje  -  pg.   -   3/6
Grevistas da Uerj vão à Justiça para receber salários
 
Professores da Uerj vão recorrer à Justiça, na segunda-feira, para tentar garantir o recebimento dos salários. Em greve desde 3 de abril, os servidores tiveram o ponto cortado por ordem da Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. A Associação de Docentes da Uerj está recolhendo assinaturas pela internet para um manifesto em defesa da universidade. A instituição apóia a criação de uma frente parlamentar federal para que a negociação com o governo seja retomada.

Segundo a presidente da associação, Nilda Alves, a ação vai alegar que a suspensão dos vencimentos desrespeita a autonomia universitária e não foi feita com critério, já que há professores trabalhando sem receber e grevistas com o salário em dia. Os professores reclamam ainda de falta de diálogo com o governo e do corte de orçamento da Uerj.
 
O Dia  -  Geral  -  pg.   -   3/6
Greves do Pedro II e Uerj nos tribunais
 
Pais e alunos do Colégio Pedro II aguardam decisão judicial para o mandado de segurança impetrado na 8ª Vara Federal para pôr fim à greve.

A associação, que também recorreu à 1ª Vara da Infância, fez novo ato, desta vez na unidade do Engenho Novo. Segunda-feira haverá assembléia.

Já a Associação de Docentes da Uerj recorrerá contra o corte de ponto.
 
O Globo  -  Rio  -  pg.   -   3/6
Professores da Uerj vão recorrer à Justiça para voltar a receber salários
Cláudio Motta

Associação de docentes alegará que não houve critério para o corte

Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vão recorrer à Justiça, na segunda-feira, para tentar garantir o recebimento dos salários. Em greve desde 3 de abril, os servidores tiveram o ponto cortado por ordem da Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação.

A Associação de Docentes da Uerj (Asduerj) está recolhendo assinaturas pela internet para um manifesto em defesa da universidade. A Asduerj apóia a criação de uma frente parlamentar federal para que as negociações sejam retomadas com o governo estadual.

Deputada tentará organizar frente parlamentar

Segundo a presidente da Asduerj, Nilda Alves, a ação judicial vai alegar que a suspensão dos vencimentos desrespeita a autonomia universitária e não foi feita com critério, já que há professores trabalhando sem receber e grevistas com o salário em dia. Os professores reclamam ainda de falta de diálogo com o governo e da redução do orçamento da Uerj.

— A proposta da frente parlamentar pela Uerj foi feita durante o nosso ato público, na quinta-feira. Vamos a Brasília reforçar essa iniciativa e continuamos recolhendo, na nossa página na internet, assinaturas para a defesa da universidade — disse Nilda.

A partir de segunda-feira, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) tentará contatar deputados e senadores do Rio para que uma reunião seja marcada com representantes da reitoria, do governo estadual e do Ministério da Educação.

— O mais grave foi a interrupção das negociações entre o estado e os grevistas. Queremos fazer uma reunião com a presença do governo do estado, de representantes do MEC, da bancada do Rio e da reitoria da Uerj — disse Jandira.

Elevadores da Uerj voltaram a funcionar ontem

Já a ação contra a Uerj anunciada pelo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, que está participando de seminários na Europa, foi cancelada. A Procuradoria Geral do Estado, segundo a secretaria, concluiu que não poderia entrar na Justiça. O secretário, que volta ao Brasil na próxima sexta-feira, queria garantir a realização do vestibular 2007, que foi suspenso pelo Conselho Superior da universidade.

Os dez elevadores do campus da Uerj no Maracanã, que estavam parados desde quinta-feira, voltaram a funcionar ontem, atendendo a quem circulava pelos 12 andares da universidade.
 
Folha Dirigida  -  On line  -  pg.   -   2/6
Caos no Rio: greve nas federais, estaduais, particulares e até elevadores desligados na Uerj
Henrique Coelho

Representantes dos professores, técnicos-administrativos e estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foram mais uma vez à Alerj nesta quinta-feira, dia 1º. Eles participaram de uma audiência pública para debater a crise na instituição. O objetivo era tentar conseguir o apoio dos parlamentares para pressionar o governo estadual a reabrir o canal de negociação com os grevistas.

Durante várias horas os servidores discutiram também a suspensão do vestibular 2006 e as condições precárias do campus da instituição.

A greve de professores, técnicos-administrativos e alunos da Uerj completa dois meses neste sábado, dia 3, sem qualquer possibilidade concreta de acordo.

Os movimentos sindicais da instituição não demonstram expectativa para o término da paralisação e o canal de negociação parece cada vez mais fechado.

A assessoria da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secti) informou que o secretário Wanderley de Souza não fará qualquer pronunciamento sobre o caso.

A reitoria da instituição, mesmo prejudicada pela greve, manifesta apoio aos grevistas. Segundo o reitor Nival Nunes, a Uerj exige uma solução para a crise financeira da instituição. "Infelizmente, não há qualquer novidade por enquanto", avisa o dirigente.

Para piorar a situação da universidade, nesta quinta-feira os dez elevadores da Uerj foram desligados por falta de pagamento da manutênção. Escadas e rampas foram as únicas alternativas para os que tinham fôlego para encarar os 12 andares do prédio principal da universidade.

Devido à diiculdade de locomoção, alunos da Universidade da Terceira Idade (Unati), que funciona no campus da Uerj, não puderam assistir as aulas.

Pedro II e Cefeteq entram em greve

O Colégio Pedro II e o Cefet/Química estão em greve desde a última segunda, 29. A medida deixa quase 12 mil alunos sem aulas (nove mil do Pedro II e três mil do Cefet/Química). Nem mesmo a publicação da Medida Provisória nº 295, que prevê reajuste linear de 12% e restruturação da carreira de docentes de 1º e 2º graus das instituições federais de ensino foi suficiente para redirecionar o movimento dos sindicalistas.

De acordo com Edmar da Rocha Marques, diretor do Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope), para que a greve seja suspensa, é necessário que o Governo Federal cumpra a parte do acordo relativas aos servidores técnico-administrativos, que pediam a implementação da segunda parte de seu plano de carreira.

"Nós representamos a categoria como um todo. O termo de acordo foi para técnicos-administrativos e docentes. Saiu uma medida provisória que beneficia somente os docentes. Faltam os técnicos-administrativos que têm a segunda etapa do plano de carreira para receber. Falta dar a qualificação e a capacitação segundo termos de acordo. Os técnicos têm que passar a ganhar pela formação, conforme os docentes já ganham", explicou o sindicalista.

A expectativa da secretária de Ensino do Pedro II, professora Vera Maria Ferreira Rodrigues, é de que a questão dos servidores se resolva nos próximos pacotes do Governo, que estão previstos para sair nos próximos dias. De qualquer forma, a professora assegurou que estas aulas perdidas serão respostas. "Estamos torcendo para que isso se resolva. Fizemos todo o esforço para cumprir os 200 dias letivos. O ano letivo de 2005 terminou no dia 18 de março e o ano de 2006 começou somente no dia 5 de abril. Segundo nosso planejamento, o ano de 2006 iria terminar no dia 23 de dezembro. Em função dessa paralisação inesperada, um novo planejamento deve ser feito", acrescentou a docente.

Crise também nas particulares

Alunos de duas faculdades particulares do Rio de Janeiro não estão imunes à crise que assola a educação fluminense. A Universidade Gama Filho e as Faculdades Integradas Bennett paralizaram as atividades. As duas instituições de ensino passam por graves dificuldades financeiras, atrasando o salários dos professores e funcionários por vários meses.

O reitor da Gama Filho, Arno Wehling, disse que os salários de março dos docentes foram pagos na última quarta, 31. Os de abril, porém, continuarão atrasados.

Já no Bennet a situação parece ser bem pior, já que alguns professores afirmam que não recebem salários há mais de um ano. Representantes de centros acadêmicos e de cursos divulgaram uma nota contra a paralização e reivindicam explicações dos responsáveis pela instituição.
 
Jornal do Brasil  -  Cidade  -  pg.   -   2/6
Greve vai parar na Justiça
Joana Dale

Ministério Público estuda ação conta o Estado no caso da Uerj

O Ministério Público estadual entrou em cena na crise da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que amanhã completa dois meses em greve. Ontem, a promotora Maria de Conceição Nogueira da Silva compareceu à audiência pública realizada na Assembléia Legislativa a fim de esclarecer os problemas que abalaram a universidade. A presença da promotora foi vista com satisfação pelos deputados envolvidos no caso e pelo reitor da Uerj, Nival Nunes de Almeida.

- Vou encaminhar as reclamações de verba insuficiente liberada pelo governo estadual para a Uerj ao procurador-geral de Justiça Martim Martins Vieira - afirmou a promotora, no fim da sessão - Acredito que encontraremos uma solução.

Os deputados estaduais e os funcionários da Uerj acreditam que o MP vai iniciar uma investigação das denúncias de irregularidades cometidas pelo governo, através da Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. Caso as ações sejam confirmadas, o MP pode entrar com ação civil pública para que a Justiça cobre do Estado os deveres para com a universidade.

Ao fim da assembléia, o deputado estadual Pedro Ramos (PDT), responsável pela convocação da audiência, lamentou o fato de o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, ter autorizado o corte de salários dos servidores em greve. Wanderley pediu aos funcionários que estavam trabalhando normalmente que mandassem a folha de ponto diretamente à Secretaria de Administração.

- Alguns diretores do Hupe se dividiram e mandaram a folha de ponto, o secretário faz isso para enfraquecer o movimento - lamentou Paulo Ramos - Junto com outros parlamentares, vou encaminhar uma representação para protestar contra a conduta do secretário e da governadora Rosinha Matheus.

O reitor da Uerj endossa o discurso do deputado.

- É a primeira vez na história das universidades brasileiras que acontece o corte de ponto dos trabalhadores - lembrou Nival - Nem nos governos militares, em vista das greves sindicais, isso aconteceu.

O reitor chegou a mandar a folha de ponto comprovando o horário integral dos funcionários, mas o secretário não aceitou o documento e mandou cortar os salários dos professores. Vice-presidente da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj), Denise Brasil afirmou que a greve vai continuar.

Corte de ponto revolta

Agente administrativo do Hospital Universitário Pedro Ernesto e integrante do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ (Sintuperj), Antônio Filgueiras compareceu à audiência pública na Alerj para se pronunciar o corte de ponto dos funcionários.

- A quebra da autonomia da universidade é um ato errôneo - declarou - A Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação fez terrorismo com os diretores da Uerj. Os servidores do hospital mandaram o ponto por medo, pois já recebem apenas 54% do salário.

O deputado estadual Paulo Pinheiro (PPS) lembrou que quem paga as contas do hospital universitário é a Secretaria Estadual de Saúde.

- Fizeram uma colcha de retalhos com o orçamento da Uerj - criticou - Criou-se uma anarquia na administração da universidade.

No fim da sessão, Paulo Pinheiro lembrou que hoje será inaugurada a unidade perinatal do Hospital Pedro Ernesto. Criticando a ausência do secrêtário Wanderley de Souza na audiência pública, o deputado disse esperar por representantes do governo pelo menos hoje.

O deputado Paulo Ramos, por sua vez, informou que pretende marcar outra audiência na Alerj - para conversar com o secretário. Outro passo decidido na assembléia de ontem é a visita conjunta de parlamentares à sede da Uerj, à Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e à Secretaria de Administração - a esta última, com o objetivo de exigir o pagamento dos salários dos professores.

Opinião do Leitor: Crise na Educação

Lamentável, a governadora Rosinha Matheus não encarar a educação como um dos pilares de programa de desenvolvimento do nosso Estado.

É um absurdo o que vem acontecendo na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj): servidores e alunos com péssimas condições de trabalho e estudo; docentes sem ajustes salariais há cinco anos e, atualmente, trabalhando sem receber seus salários.

Como acreditar na governadora que não dá primazia a educação, saúde e segurança como itens primordiais para alavancarem a imagem e o progresso desta cidade maravilhosa?

Moacir Pereira da Costa morador do Flamengo, RJ.
 
O Dia  -  Geral  -  pg.   -   2/6
Ação na Justiça em favor da Uerj
 
Por considerar que houve quebra de autonomia universitária na gestão da Uerj, o deputado Paulo Ramos (PDT), que presidiu ontem a audiência pública na Assembléia Legislativa sobre a crise na instituição, vai entrar na Justiça. Ele quer denunciar por crime de responsabilidade a governadora Rosinha Garotinho e o secretário de Ciência e Tecnologia, Wanderley de Souza.

A Uerj está há 61 dias em greve. Ontem, na audiência pública quiseram saber do reitor, Nival Nunes de Almeida, como foram encaminhados à Secretaria estadual de Administração os nomes dos funcionários que aderiram ou não à paralisação.

"Os diretores de cinco faculdades e do Hospital Pedro Ernesto foram obrigados a encaminhar o cartão de ponto dos seus funcionários, desrespeitando à reitoria", disse o deputado. Wanderley não foi à audiência.

Os 16 elevadores da Uerj continuaram desligados ontem, por falta de pagamento à empresa Excel, que faz manutenção, conforme O Dia antecipou ontem.
 
O Dia  -  Economia & Política  -  pg.   -   2/6
Rosinha controla os gastos
Ricardo Villa Verde

Governadora corta despesas de órgãos estaduais para cumprir LRF

O governo estadual vai apertar mais o cinto para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Depois de ter reduzido, em março, 25% dos repasses a todos os órgãos da administração, a governadora Rosiilha determinou, ontem, corte de R$ 1,4 bilhão de despesas. O contingenciamento atinge todas as secretarias e a maioria dos órgãos estaduais, inclusive estatais.

Com a medida, o governo deixará de gastar cerca de 4,5% do orçamento estimado para 2006, de R$ 34,9 bilhões. Os mais atingidos foram a Cedae (R$ 193,1 milhões); a Fundação Escola de Serviço Público (Fesp) (R$137,5 milhões); e o Fundo Estadual de Saúde (R$ 113,6 milhões). A maioria das despesas cortadas é de serviços de terceiros. O menor corte (R$ 952) foi na Empresa Estadual de Viação (Serve), em liquidação.

A assessoria da governadora informou que a medida é de precaução e que poderá ser revista, se a arrecadação estadual melhorar. A expectativa é de que este mês já haja um incremento da receita de R$ 80 milhões.

O governo alega que não está fazendo cortes, mas apenas se adequando à realidade. A assessoria informou ainda que as obras prioritárias estão garantidas, assim como o pagamento dos servidores, inclusive o 13º salário. O calendário do abono deve ser anunciado este mês.

Para o deputado Luiz Paulo (PSDB), a medida comprova denúncias que ele vinha fazendo desde o início do ano de que o déficit do estado era de R$ 1,5 bilhão. Luiz Paulo disse ainda que os cortes mostraram que "o governo estava jogando dinheiro fora com terceirizações".

Prece

O Prece, fundo de pensão da Cedae, entrou esta semana com mandado de segurança no Tribunal de Justiça para não ser fiscalizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O fundo vem sendo investigado por supostas irregularidades em operações com títulos federais.
 
O Globo  -  Rio  -  pg.   -   2/6
Estado congela R$ 1,4 bi para evitar déficit
Dimmi Amora e Fábio Vasconcellos

Objetivo é não desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dependendo da arrecadação, medida poderá ser revista

O governo do estado decidiu ontem contingenciar cerca de R$ 1,4 bilhão do orçamento para se adequar às dificuldades de caixa que vem enfrentando. O congelamento da verba atinge todas as áreas do governo, inclusive aquelas que já sofrem com a falta de investimento, como a saúde. No mês passado, o governo já havia decidido reduzir em 25% a verba de custeio das secretarias.

O governo informou que tanto a redução de custeio quanto o contingenciamento foram medidas necessárias para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impede, entre outras coisas, a transferência de dívidas para a próxima gestão. Ano passado, o governo contingenciou R$ 1,250 bilhão do orçamento.

Este ano, o governo alegou que não recebeu repasses federais que estava aguardando, entre eles R$ 1 bilhão de compensações da Lei Kandir e outro R$ 1 bilhão de antecipações da conta B do Banerj, que são recursos de garantia para pagamentos de dívidas trabalhistas da época em que o banco era privado.

Com o acerto no orçamento, a governadora Rosinha Garotinho espera anunciar em junho o calendário de pagamento do 13 salário dos servidores, que deverá ser semelhante ao do ano de 2005, quando funcionários de menor salário receberam em julho. O secretário estadual de Receita, Francisco Neto, explicou que o contingenciamento poderá ser revisto, mas isso vai depender da arrecadação do estado:

- Assim que a receita for sendo confirmada, o contingenciamento poderá ser revisto. Tivemos que tomar essa medida, pois a receita no início do ano não atingiu o previsto.

Rombo nas contas poderá chegar a R$ 1,9 bilhão

Como O GLOBO noticiou na semana passada, caso a receita mensal continue a mesma dos quatro primeiros meses deste ano, o estado poderá chegar em dezembro com um déficit de R$ 1,9 bilhão. O contingenciamento já era esperado por muitos deputados que acompanham as contas do estado, porém as áreas escolhidas foram criticadas. O presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputado Paulo Pinheiro (PPS), declarou ser contrário ao congelamento de R$ 113 milhões na área da saúde.

O contingenciamento na área da saúde atinge o núcleo perinatal do Hospital Universitário Pedro Ernesto, que perdeu cerca de R$ 340 mil que seriam usados na compra de equipamentos. O maior corte na saúde foi de R$ 12 milhões, que seriam usados na reforma e recuperação de unidades hospitalares.

De acordo com o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), o maior congelamento proporcional foi na verba da Fundação Escola de Serviço Público (Fesp). Foram contingenciados R$ 137 milhões de um orçamento que estava em torno R$ 240 milhões. A maior redução de gastos na Fesp, cerca de R$ 133 milhões, ocorreu justamente na rubrica "Outros serviços terceirizados", pela qual são contratadas as entidades que prestam serviços ao estado.

Para Luiz Paulo, esta é a confissão do estado de que a fundação poderia estar desperdiçando dinheiro em contratos com ONGs, que prestam serviços ao estado.

- Se houve um corte de mais de 50% em todo o orçamento da Fesp, é porque não precisava - disse Luiz Paulo.

O presidente da Comissão de Orçamento da Alerj, deputado Edson Albertassi (PMDB), afirmou que o contingenciamento é uma medida acertada. Ele explicou que o sinal amarelo das contas do estado já estava acesso quando a arrecadação não atingiu o previsto no orçamento 2006.

- O governo está trabalhando para resolver o problema do caixa. O corte na verba de custeio e o contingenciamento são medidas importantes. É preciso deixar claro também que o contingenciamento não representa corte definitivo. É apenas um freio nos gastos para não ferir a Lei de Responsabilidade - afirmou Albertassi.
 
O Globo  -  On line  -  pg.   -   2/6
Greves continuam nas redes estadual, federal e particular do Rio
 
Alunos, professores e funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) participaram nesta quinta-feira, de uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para debater a crise na instituição.

Durante duas horas e meia, servidores e deputados da Comissão de Assuntos Municipais da Alerj discutiram a suspensão do vestibular de 2006, os problemas financeiros e as precárias condições do campus da universidade, que há mais de 30 anos não passa por uma grande reforma.

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, foi convidado para o encontro. Mas, informou em ofício, que estaria em uma viagem ao exterior. O Secretário não mandou nenhum representante. A Comissão de Assuntos Municipais da Alerj informou que vai analisar a possibilidade de entrar com uma ação de crime de improbidade administrativa contra a governadora Rosinha Matheus e Wanderley de Souza.

Nesta quinta-feira, mais um sinal da crise que atinge a Uerj: os dez elevadores foram desligados. O prédio principal da Uerj tem 12 andares. Escadas e rampas foram as alternativas aos elevadores parados. Alunos da Universidade da Terceira Idade (Unati), que funciona no campus da Uerj, não assistiram às aulas nesta quinta-feira.

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação informou que, por determinação do secretário Wanderley de Souza, não vai se pronunciar sobre a greve e a mobilização na Uerj.

No início da noite, alunos e servidores fizeram uma manifestação no Teatro da universidade. Eles querem que o governo do estado abra espaço para as negociações.
 
O Globo  -  Rio  -  pg.   -   2/6
Grevistas da Uerj recebem contra cheque zerado
 
Até elevadores da universidade param. Associação de pais do Pedro II pede na Justiça contratação de temporários

Os professores e funcionários da Uerj receberam ontem os contracheques de maio zerados, já que o governo do estado determinou o corte do ponto dos grevistas. De manhã, durante audiência pública na Alerj, alunos, professores e funcionários denunciaram a situação precária da universidade, que está parada há dois meses. Também ontem os dez elevadores do prédio principal do campus no Maracanã, que tem 12 andares, pararam por falta de pagamento.

Durante a audiência, alunos, professores e outros funcionários da Uerj se reuniram por mais de duas horas com deputados da Comissão de Assuntos Municipais e discutiram a suspensão do vestibular por tempo indeterminado, os problemas financeiros e as condições precárias do campus, que há mais de 30 anos não passa por uma grande reforma. O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, não compareceu à sessão, alegando que estaria viajando, e não enviou representante.

A Comissão de Assuntos Municipais vai estudar a possibilidade de entrar com uma ação por crime de improbidade administrativa contra a governadora Rosinha Garotinho e o secretário. O reitor da Uerj, Nival de Almeida, disse que a paralisação não vai atrapalhar a realização do vestibular deste ano. No início da noite, alunos e servidores fizeram uma manifestação no teatro da universidade.

A Associação de Pais de Alunos do Colégio Pedro II decidiu entrar na Justiça para tentar garantir as aulas. Eles querem que o Ministério da Educação contrate profissionais temporários para substituir os cerca de mil professores que estão em greve desde o dia 29. A paralisação prossegue por tempo indeterminado. Só estão funcionando as unidades de Niterói e Realengo. Na de São Cristóvão, alguns professores também não aderiram à greve.
 
O Globo  -  Cartas dos Leitores  -  pg.   -   2/6
Uerj agoniza
 
Nesse conflito entre estado e universidade, está claro que está havendo uma certa omissão dos embaixadores do povo, que são os deputados estaduais. Que entrem em campo e defendam a universidade pública.

LUIZ FLÁVIO M. MOLITERNO (via Globo Online, 1/6)
 
JC E-mail  -  On line  -  pg.   -   2/6
Manifesto a favor da Uerj tem mais de 1809 assinaturas
 


O texto diz: “Manifestamos, publicamente, nosso apoio à Universidade do Estado do Rio de Janeiro em sua luta pela garantia de uma educação superior pública de qualidade e pela defesa de sua autonomia como instituição que promove o conhecimento, a cultura e o pensamento crítico”

Ainda nesta quinta-feira, das 10h até 13h, mas de 500 pessoas assinaram o manifesto.

O link para o texto é http://www.sosuerj.w3br.com/index.asp
(Informações de Nilda Alves, presidente da Asduerj)

_________________________________

Nota do Clipping UERJ: No momento da inclusão desta matéria, o manifesto já contava com 4715 assinaturas.
 
No mínimo  -  On line  -  pg.   -   2/6
O baú da herança maldita
Xico Vargas

Herança maldita para valer é o baú que os Garotinho vão entregar ao pobre sucessor. Coisa tenebrosa. Além do terreno pantanoso para onde transferiu a Fesp, a Cedae, a administração penitenciária, a segurança e a saúde, o casal praticamente destruiu a Uerj, que vem a ser a terceira maior universidade do país.

Com o vestibular de julho suspenso e debaixo da pressão do governo para que recue e realize a prova de qualquer maneira, o Conselho Universitário resiste e revela o tamanho do desastre. O presidente contou aos deputados do Rio que os governadores sempre souberam que a Uerj precisa de R$ 4,8 milhões mensais para sobreviver.

No ano passado, por decisão da governadora, o secretário de Ciência e Tecnologia, ao qual está subordinada a universidade, pressionou e obteve redução desse orçamento para R$ 3,6 milhões. Mesmo sabendo que, com o cobertor encurtado, algo ficaria descoberto a patroa de Garotinho, em janeiro último, suspendeu a entrega de qualquer recurso. Foi o golpe final.

A universidade não tem grana nem para pagar o papel higiênico. Em vários blocos o revestimento das paredes se esfarela por falta de manutenção. Ontem, enquanto o presidente do Conselho depunha na Assembléia, 10 elevadores da universidade foram paralisados pela empresa que realiza a manutenção e não recebe há cinco meses.

A governadora optou pelo silêncio e o secretário de Ciência e Tecnologia idem. Ontem, na Assembléia, não compareceu nem mandou representante para ouvir as queixas de seu subordinado.

Globo.com  -  RJ TV  -  pg.   -   2/6
Situação da Uerj é discutida em audiência pública na Assembléia Leg
islativa
 
RJ TV 1ª Edição - 01/06/2006

Alunos, professores e funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Uerj, participaram no fim desta manhã de uma audiência pública na Assembléia Legislativa. Eles denunciam a situação precária da universidade, que está em greve há dois meses.

Eles também discutem com os deputados o repasse de verbas do estado para a universidade, que seria um dos motivos da crise.

A audiência pública começou às 11h, em uma das salas da Assembléia Legislativa, no Centro do Rio. Alunos, professores e outros funcionários da Uerj se reuniram com deputados que integram a Comissão de Assuntos Municipais.

O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Wanderley de Souza, foi convidado para o encontro, mas alegou que estaria viajando e não mandou nenhum representante.

Na reunião, eles discutiram a possibilidade de o vestibular deste ano ser cancelado. Há 15 dias, o Conselho Universitário decidiu suspender o calendário das provas por tempo indeterminado, por causa dos problemas financeiros e das precárias condições do campus que, há mais de 30 anos, não passa por uma grande re



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