Greve - Notícias 21

Criada em 26/06/2006 21:20 por dirfen_biondi_ca | Marcadores: aluno fen func prof

Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ.

O Dia  -  Geral  -  pg. 05  -   26/6
Dinheiro na conta dos servidores
Cristiane Campos

Prefeitura do Rio pagará 50% do 13º em agosto. Estado dividirá correção salarial em 24 cotas

Servidores municipais e estaduais já podem comemorar. Os 195 mil ativos, inativos e pensionistas da Prefeitura do Rio vão receber a metade do 13º salário no contracheque de julho, que é pago em agosto. O restante estará disponível em dezembro.

Já o governo do estado beneficiará pelo menos 100 mil funcionários públicos da administração direta e indireta com o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração. A correção desses salários será diluída em 24 parcelas.

A primeira dessas cotas virá no contracheque de julho, creditado na conta dos servidores públicos em agosto. A governadora Rosinha Garotinho encaminha hoje àAlerj mensagem, em regime de urgência, que cria o plano de carreira para 14 instituições, uma antiga reivindicação do funcionalismo.

Segundo o governo, o recadastramento feito pela Secretaria Estadual de Administração e Reestruturação (Sare) contribuiu para quantificar o universo do funcionalismo estadual e o impacto na folha do estado.

14 Instituições

Os servidores contemplados serão os da Serla, Degase, Fenort, Fesp, Uerj (professores estão de fora), Uenf, (docentes se incluem no plano), Fundação para Infância e Adolescência, Fundação Santa Cabrini, Companhia Estadual de Habitação, Fundação Leão XIII, Feema, Funarj, Instituto Estadual de Florestas e Departamento de Recursos Minerais.

A proposta prevê que os atuais servidores terão seus direitos e vantagens assegurados e na implantação serão enquadrados de acordo com o tempo de serviço e qualificação.

Os deputados terão que votar o texto ainda esta semana, pois a governadora Rosinha só pode sancioná-lo até sexta-feira, devido ao prazo eleitoral. Até quintafeira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina medidas provisórias com reajustes para 1,4 milhão de servidores federais.
 
O Globo  -  Cartas dos Leitores  -  pg.   -   26/6
Greve na Uerj
 
É absurda a imobilidade do governo do estado diante da greve dos funcionários da Uerj. Nunca vi tanto descaso para uma situação caótica. Acredito que a governadora ou o “governador” não saibam o significado de sentar numa banca de universidade. É duro para um aluno ver sua universidade deteriorar-se, seus professores desmotivados por dez anos sem aumento salarial, seus laboratórios entregues à sorte. JORGE ODIR DE OLIVEIRA FRANCO
(via Globo Online, 20/6), Rio

Gostaria de deixar registrada minha indignação com relação à forma como os alunos da Uerj vêm sendo tratados. Oficialmente estamos em greve, mas alguns cursos, como por exemplo medicina, têm aulas da maneira mais precária. Por fim, a biblioteca inventou um horário ridículo de atendimento (10h às 15h) num curso com aulas de 8h às 18h. As provas se aproximam e os alunos não têm direito a estudar de forma adequada.
LAISE CHIMOIO AZEVEDO DE OLIVEIRA
(via Globo Online, 18/6), Rio

Com a manutenção do vestibular da Uerj, o governo do estado poderá continuar em silêncio, sem realizar qualquer negociação para resolver a greve que já passa de 70 dias. Caso os professores não voltem, crianças e adolescentes do Instituto Fernando R. da Silveira (CAP) continuarão sem aulas, sem falar nos universitários. Os aprovados neste vestibular, pelo andar da carruagem, só começarão a estudar em meados de 2007.
SERGIO DE CARVALHO OLIVEIRA
(via Globo Online, 20/6), Rio
 
Jornal do Brasil  -  Opinião  -  pg.   -   26/6
Educação, nota zero

 
COM EDUCAÇÃO NÃO SE FAZ TUDO, mas sem educação não se faz nada! Em linguagem matemática, investir em educação é condição necessária, porém não suficiente, para a prosperidade dos indivíduos e das nações. De fato, a evidência empírica de, rigorosamente, todos os países do planeta é farta em demonstrar que nem todos os que investiram em educação conseguiram desenvolver-se e melhorar o padrão de vida de seus cidadãos, mas todos os que lograram este objetivo investiram e continuam a investir em capital humano e, portanto, em educação. Desenvolvimento, resumindo, depende de investimentos em capital humano e de boas instituições.

Se nossas instituições são precárias, por tolherem a livre iniciativa, nosso sistema educacional merece nota zero, apesar do alarde feito por sucessivos governos federais, estaduais e municipais e dos nada desprezíveis gastos públicos destinados a esse fim, incluindo as despesas com o numeroso e brancaleônico exército de pedagogos e burocratas de plantão no ministério, nas 27 secretarias estaduais e nas 5.567 municipais e que consomem boa parte das verbas do setor. A questão central não é que o Estado gaste pouco em educação: é que gasta mal - e muito mal!

Não vou comentar, por questão de espaço, o lamentável estado, em todo o Brasil, dos ensinos fundamental e médio - este ainda mais do que aquele -, nem a inversão ética absurda no sistema de mérito, em que as cotas representam apenas uma dentre tantas distorções; vou ficar apenas no superior, onde ensino hámuito tempo, nos âmbitos público e privado.

Se as universidades privadas enfrentam problemas sérios, gerados, de um lado, por sua expansão desenfreada e, de outro, por altos índices de inadimplência, as públicas também vão mal. A situação da Uerj - onde sou professor e ex-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas - é deplorável, tanto quanto a da maioria das universidades públicas. Não se trata de buscar os culpados hoje, porque a situação vem se deteriorando ano após ano e não se pode tampouco culpar a falta de verbas, porque elas existem, embora, no caso da Uerj, venham sendo cortadas por questões políticas.

A universidaqe pública padece de doenças graves. A primeira é a democratite aguda, com eleições diretas para muitos cargos e um assembleísmo que tudo decide, em reuniões que mais parecem convenções de partidos políticos.

A segunda é a sua apropriação quase total por professores socialistas - que ainda parecem lutar contra uma ditadura que terminou em 1985 -, por entidades (nada espirituais) e movimentos sociais, assim como por representações dos partidos de esquerda, que instalam barraquinhas, agredindo duplamente o próprio conceito de universidade, ao só darem espaço para as suas crenças e ao inverterem a máxima de que o certo é que as idéias brotem nas universidades e sejam adotadas pelos partidos e não o oposto.

A terceira é uma formidável crise de gestão, em que diretores não conseguem dirigir, chefes não podem chefiar e reitores são impedidos de reger, porque essas prerrogativas - tão óbvias! - são vistas como ranço autoritário, além de uma crônica ausência de informações, de indicadores e de incentivos para maior eficiência no uso de recursos e na premiação dos melhores.

A quarta é uma centralização de recursos que torna as unidades de ensino dependentes das administrações centrais, bem nos moldes socialistas, tornando cada diretor - que deveria ser um gestor - um mero ser destinado a obter recursos pela via política e a esbarrar na incrível burocracia.

A quinta é a gratuidade a todos os alunos, socialmente iníqua e agravante da penúria financeira: o auxílio deveria dar-se por bolsas e crédito educativo e os que podem pagar deveriam fazê-lo.

Por fim, a sexta é a patologia chamada MEC, sempre arrogante, ineficiente, burocrático e centralizador. Mas isto é tema para outro artigo.

Ubiratan lorio, economista
 
Extra  -  Servidores  -  pg.   -   24/6
Rio cumpre determinação
 
A governadora Rosinha Garotinho determinou que seja cumprida a decisão do Tribunal de Justiça do Rio, mandando o estado a pagar o salário de maio dos professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) que estão em greve. A ordem consta na liminar concedida pelo Tribunal de Justiça, que acolheu mandado de segurança da Associação de Docentes da Universidade (Asduerj). Segundo o governo do estado, a Secretaria estadual de Administração vai fechar uma folha suplementar para liberar o pagamento. Portanto, os cortes serão reembolsados fora da folha do mês de junho para os profissionais da Uerj. A Secretaria de Administração não informou a data do pagamento.
 
Jornal do Brasil  -  Cidade  -  pg.   -   24/6
Governo obedece Justiça e libera sajários integrais

Crise na Uerj: Dinheiro deverá ser depositado terça-feira

No fim da tarde de ontem, a Secretaria Estadual de Administração acatou a decisão da Justiça e enviou para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) folha suplementar com a complementação dos salários dos professores e funcionários técnico-administrativos em greve. A folha corrige a anterior,  que descumpria determinação do Tribunal de Justiça.

Com a liberação, o salário deverá ser depositado integralmente na conta dos servidores na terça-feira.

O governo tinha decidido, em maio, cortar o ponto dos funcionários que aderiam à paralisação. Os servidores recorreram ao Tribunal de Justiça e asseguraram o direito de receber normalmente. O Estado, porém, só liberou parte da remuneração.

Classificando a atitude do governo de "castigo indecente", Antônio Coscarelli, diretor da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj), não acredita que o envio da folha com a complementação da remuneração vá determinar o fim da greve.

Os docentes realizarão assembléia às 15h de segunda-feira para decidir se a paralisação da universidade continuará ou não.

A Uerj está em greve desde o dia 3 de abril. Professores, funcionários e alunos reivindicam melhores condições de infra-estrutura no campus, reajuste salarial (os professores alegam que não têm aumento há cinco anos) e protestam contra cortes sucessivos no orçamento da instituição.

- Essas exigências anda não foram atendidas - salientou Coscarelli.

No dia 16 de maio, a greve culminou com a suspensão do vestibular 2007. Esta semana, porém, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CSEPE) fixou o novo calendário do concurso.
 
O Dia  -  Coluna do Servidor  -  pg.   -   24/6
Nova folha para a Uerj
Cristiane Campos

Servidores da Uerj, em greve há quase três meses, terão de volta os 13 dias descontados do salário de março. Em cumprimento a liminar obtida pela Asduerj, a secretária de Administração, Sheila Mello, enviou nova folha suplementar à Uerj. O dinheiro deve entrar na conta, no máximo, até sexta feira.

Luiz Biondi e Carlos Alberto
Direção da FEN
Gestão Participativa



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